Fusão entre Petz e Cobasi é aprovada, mas Petlove apresenta recurso contra

Líder do varejo online pet se opõe à fusão com o argumento de que a operação resultará em monopólio em centenas de mercados de varejo físico e em concentração elevada no varejo online

Foto: Reprodução/Divulgação

Anunciada em agosto de 2024, a fusão entre as duas gigantes Petz e Cobasi foi finalmente aprovada – e sem restrições – pela Superintendência-Geral (SG) do pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no início de junho de 2025. Porém, a Petlove, líder no varejo online pet, entrou com recurso dia 23 de junho. Segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo, a empresa alega que “a operação resultará em monopólio em centenas de mercados de varejo físico e em concentração elevada no varejo online. A empresa sustenta que a decisão da área técnica do Cade não trata de preocupações concorrenciais relevantes e, portanto, merece reanálise por parte do Tribunal do Conselho.”
No recurso, a Petlove aponta que o parecer da SG desconsidera característica essencial do mercado físico de varejo pet, no qual lojas de pequeno e médio porte não são capazes de competir de forma efetiva com as “superstores” da Petz e da Cobasi. “Portanto, a entrada de players desse porte não é suficiente para coibir exercício de poder de mercado pela empresa combinada pós-operação”, diz o recurso.
Ainda segundo o jornal, “a operação consiste num Acordo de Associação, por meio do qual estão estabelecidos os termos e condições da combinação de negócios entre as duas empresas.”
Segundo o site Valor Investe, da Globo, a Cobasi e a Petz informaram em nota que receberam “com tranquilidade” o recurso apresentado pela Petlove ao Cade. “A Cobasi e a Petz recebem com tranquilidade o recurso da terceira interessada ao tribunal do Cade. Informam também que confiam na decisão dos conselheiros, com base nos estudos feitos pela Superintendência-Geral do Cade, que aprovou a operação sem restrições por não haver qualquer risco concorrencial em um mercado pulverizado e competitivo”, diz a nota conjunta das empresas. Na prática, o recurso pode levar o caso ao Tribunal do órgão antitruste e, no mínimo, atrasa os planos de integração das concorrentes, aponta o site.
De acordo com o site do G1, logo que a Petz anunciou a notícia da fusão (dia 3 de junho), as suas ações, que tinham forte alta na sessão, avançaram mais de 3% perto do meio-dia. Os papéis da companhia ficam sob o ticker “PETZ3” na bolsa de valores brasileira. “Se a fusão for confirmada, os atuais acionistas da Petz e da Cobasi ficarão com, respectivamente, 52,65% e 47,4% da nova empresa. Com isso, a Petz se tornará uma subsidiária integral da Cobasi”, apontou o site.

Por Samia Malas

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