sábado, abril 20, 2024
Administração

Vitimismo: o vilão da sua vida

Dificilmente conseguimos perceber que nos fazemos de vítima nos vários setores de nossas vidas, inclusive nos trabalho e nossos negócios pet. Na grande maioria, agimos na postura imatura e infantil culpando as pessoas, a sociedade, os políticos, nossos familiares, nossos parceiros pelas nossas frustrações, assim nem sequer percebemos nossa responsabilidade ao criarmos as situações que vivemos.
Classifico como vitimismo toda a postura passiva que adotamos ao não percebermos como contribuímos direta ou indiretamente para atrair em nossas vidas TODAS as situações que experienciamos.
Mesmo que não estejamos tão conscientes de nossas atitudes, nós criamos todos os nossos sucessos e vitórias, igualmente também criamos todos os nossos sofrimentos e fracassos.
Ao escrever este texto, acredito que toda oportunidade seja válida para reformular conceitos, principalmente para aqueles que estão menos conscientes, pois toda leitura é um momento de reflexão no sentido de agregar novas ideias. Assim, da mesma maneira que arrumamos nossos guarda-roupas em casa, podemos reordenar nossos guarda-roupas afetivo e psicoemocional. Você sabe que preço paga ao olhar para o mundo com vitimismo?
Como sempre aprendemos a enxergar em nossa educação, na sociedade, que somos vítima do ambiente, das doenças que podemos ter, da medicina que terá ou não solução para nossos problemas, da genética, dos políticos, do trânsito, enfim, das pessoas que encontramos diariamente.
Acreditamos que todos são ruins, maldosos e que nós somos ótimas pessoas. Veja isso nos comentários que fazemos:
 
• Olha o que ele fez comigo! (está bravo, por vezes inconformado sem avaliar o que fez com o outro).
• Você me irrita! (sem perceber que você é que se irrita com tudo).
• Peguei uma doença do nada! (sem entender que você não investiu em você quando precisava).
• As pessoas me machucaram… (sem entender como fui agressivo e que as pessoas reagiram à minha energia agressiva).
• Eu me decepcionei com meu namorado! (sem perceber seu mimo, exigindo do outro tudo o que quer, na hora que quer, mesmo sem saber se o outro tem disponibilidade para oferecer, um desrespeito total ao tempo e ritmo do outro).
• Fui na casa da fulana e ela não me recebeu… (sem notar meu desrespeito em não aceitar ouvir um “NÃO”, não dar o direito do outro não querer me receber naquele momento).
• Elegeram um político corrupto… (como se não pudéssemos observar que fazemos parte de um país em que todos querem levar vantagem, inclusive você!).
• Roubaram meu carro, justo comigo! (veja como a invasão toma conta de você, mesmo quando sua amiga lhe influenciou com uma simples crítica, você é que se deixou invadir, da mesma forma um ladrão também lhe invadiu e lhe roubou…).
 
Poderíamos citar vários outros exemplos nos quais suas atitudes vitimistas lhe fazem mal, mas as supracitadas estão de bom tamanho por hora. O importante é sabermos as consequências do vitimismo. Será que você sabe? Tem certeza? E o que seria o contrário desta situação? Será que você teria maturidade para bancar uma situação mais madura emocionalmente? Vejamos…
Na posição de vítima nunca temos o poder de modificar nada em nossas vidas, nem nossa situação econômica, nem nossos relacionamentos sociais, nem nossas questões afetivas, conjugais, sexuais, nem nossos aspectos profissionais, ou até espirituais.
A vítima tem que se conformar com o que tem, nunca tem voz ativa, é sempre dependente de alguém, sempre culpa as pessoas pela falta de sorte, pela falta de afeto, de carinho, atenção, e até por sua carência, pois a vítima não tem outra forma de enxergar o mundo senão culpando as pessoas pelos seus problemas. Um preço caro é ter que aguentar a vida ao invés de aproveitá-la e participar dela.
Por um lado é mais fácil ser vítima (para aquelas pessoas que aprenderam a ser dependentes), pois de início parece que seu comodismo vai durar para sempre e que aquilo é um bem, mas, ao decorrer do tempo, a insatisfação, as frustrações e as desilusões acabam mostrando a catástrofe trazida pelas dependências e que a posição de vítima é o pior vilão da sociedade em que vivemos.
Por mais que seja trabalhoso, as pessoas mais maduras conseguem enxergar que têm uma responsabilidade grande por tudo o que vivem e atraem para suas vidas. Sabem que se mereceram sucessos e vitórias, elas investiram para isso.
Por outro lado, elas sabem também que atraíram situações desfavoráveis para suas vidas e que de nada adianta culparem os outros, mas responsabilizarem-se com consciência.
E por mais “trabalho” e contrariedades que elas possam ter, são corajosas para vencerem seus pontos fracos, tais como: seu mimo, seu orgulho, sua impulsividade, sua arrogância para aprender o que a vida quis lhes ensinar ao passar estas intempéries e, em seguida, mudar suas atitudes. As pessoas maduras têm o PODER de mudar seu próprio mundo.
Querido leitor da Pet Center, obrigado pela oportunidade de reflexão em comunhão. Preste atenção e, com muito cuidado e honestidade consigo mesmo, responda como age na maior parte das vezes. Não está errado não ser responsável e não se bancar em tudo na vida, afinal não podemos exigir de nós mais do que podemos dar naquele momento, sendo que temos uma vida toda para isso.
No entanto, o trabalho que fazemos em consultório visa a autorresponsabilidade sobre nossas vidas, o que garante um melhor convívio conosco e com as pessoas à nossa volta a partir de uma nova visão.
 

Mário Sabha Jr. é PhD em Neuroanatomia Humana pela Unicamp, Terapeuta Metafísico, palestrante motivacional e consultor metafísico transenergético. www.mariosabha.com.br